O existir humano é plural, complexo e visceral. Em meio às suas variadas facetas, ele depende de múltiplos fatores para que seu desempenho cotidiano – ainda mais seguindo os moldes da sociedade contemporânea –, seja de um todo harmônico e presente. Ou seja, nossa felicidade e bem-estar dependem, entre outras coisas, das condições do cenário no qual estamos inseridos e de que maneira reagimos e lidamos com ele. Essa ideia se estende, claro, ao nosso lar.
Quando convivemos em ambientes que conversam com a nossa personalidade e individualidade, o dia a dia tende a seguir um percurso de mais tranquilidade e conexão. As tonalidades do design de interiores, por exemplo, são protagonistas nesse efeito.
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“A pele absorve a influência da cor mesmo quando estamos dormindo. Escolher as cores de um ambiente é extremamente importante. Em um dormitório se usarmos um tom estimulante nas paredes, não conseguimos relaxar e no dia seguinte, acordamos estressados e irritados”, comenta Mon Liu, consultora de Feng Shui e Designer de Interiores.
Psicologia das cores
Isso se explica porque as cores podem mudar a maneira como uma pessoa se sente. Elas afetam o humor, sentimentos e emoções, assim como comprovado e constantemente estudado no campo da psicologia das cores.
Seguindo esse conceito, todos os detalhes de um projeto, então, se tornam fundamentais, até mesmo a tonalidade do piso que será instalado em certos ambientes.
Mon Li explica: “A escolha depende da intenção do morador ou usuário. A tendência é escolhermos as que vão de encontro com a nossa linha de raciocínio, mas podemos tirar partido das possibilidades e oportunidades que as cores proporcionam. Existem tons que nos valorizam visualmente, outros, que pelo poder agregado, dão alegria em um dia complicado ou nos acalma se somos ligados no 220. Eles conseguem ajudar um menino introvertido a se comunicar melhor, minimizar os sintomas da depressão, colaborar para a saúde holística ou levantar a autoestima de uma mulher insegura”.
“Já presenciei jovens extrovertidos que insistiram em fazer o quarto inteiro em tonalidades de preto – o que não aconselho. Esta tendência de basear o lar em uma paleta cinza deixa muita gente triste, neste caso seria saudável colocar objetos ou detalhes em tonalidades vibrantes ou alegres para harmonizar. Cores escuras em ambientes pequenos diminui visualmente as dimensões. Usar estes tons em dias que você não está bem, intensifica esta sensação. Já em ambientes comerciais, a ousadia pode ser maior, pois os clientes vão em busca de experiências, não moradia”, pontua ainda a especialista.
Como decidir qual tonalidade de madeira eleger para o piso?
De acordo com Mon Liu, tudo depende do estilo de vida e intenções dos moradores:
“Ambientes compactos com madeira muito escura ficam minúsculos. Eu, particularmente, não sugiro pisos brancos porque denota manutenção frequente e nem escuros demais porque deixa pesado. Prefiro os tons intermediários que dialogam mais e acolhem as pessoas. Apesar de a cada dia surgirem mais novidades, para mim, diria que funciona piso mais escuros, paredes em cores intermediárias e tetos claros. O piso mais escuro dá segurança ao pisar, as paredes em cores intermediárias aconchegam e abraçam e o teto claro dá a sensação de pé-direito mais alto e não pede tanta iluminação. Excesso de informações causa poluição visual, embaralham as ideias e cansam a longo prazo”.
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